No último post sobre armário cápsula (link) mostrei as 37 peças selecionadas para os três meses de inverno ao mesmo tempo que desvendei, que o post seguinte sobre o tema seriam as lições que aprendi com esta experiência.

1. Falei-vos sobre a loucura que tenho pela arrumação e para mim esse é o foco principal, não acumular, para mim não faz sentido ter uma peça durante toda a estação no armário se sei, por experiência dos anos anteriores, que não a vou usar, seja porque a peça me está larga ou apertada, seja porque está danificada ou simplesmente porque não combina com as restantes peças que tenho disponíveis. Se por acaso tiverem uma ligação efetiva com a peça esta poderá ficar guardada junto das restantes peças que não fazem parte da estação, se não existir qualquer ligação coloquem-na no cesto das peças a doar, vai existir alguém, com certeza, que lhe dará maior valor.

2. O despertador toca sempre à mesma hora, sempre com 20 minutos extra para que o pequeno almoço seja tomado calmamente, por isso sei à partida que o tempo gasto na escolha do que vestir não é largo e deve ser, para me sentir confiante ao longo do dia, certeiro. Eu sei, a escolha do coordenado poderia ser realizada no dia anterior ou mesmo no domingo ao final da tarde para toda a semana, mas mesmo com a meteorologia cada vez mais precisa, eu gosto de escolher o que vestir no próprio dia, depois do duche, e conforme a disposição. Por isso não é difícil imaginar o beneficio de um armário cápsula, menos tempo e energia a decidir o que vestir, verdade ter menos peças ajuda na criação de novas combinações, até mesmo porque todas as peças que fazem parte do armário cápsula combinam entre si.

3. Sempre me foi difícil definir o meu estilo particularmente porque sempre gostei de muita coisa. Ainda que uma pessoa possa ter várias referencias de estilo, hoje sei onde realmente me enquadro, onde sou reconhecidamente eu, basta olhar para o meu armário cápsula para perceber que me identifico mais com peças de cortes mais retos e tons mais sóbrios, complementadas com pequenos apontamentos, associados maioritariamente a acessórios. Com o armário cápsula fui, aos poucos, percebendo quais as peças com que mais me identifico, quais as peças que no final da estação manteria o mesmo interesse.

4. O ponto anterior leva-nos ao tema tendências, ou melhor a influência das peças que estão na moda no nosso armário. Todas nós somos influenciadas pelo que lemos nas revistas e vemos nas imagens de street style, seja de it-girls e/ou bloggers, ou então mesmo aquela amiga ou vizinha de que tanto apreciamos o estilo e que não perde uma tendência. Mas sejamos sinceras, nem todas as tendências nos ficam bem (e sim, agora lembrei-me dos folhos!), assim como são peças que marcam muito e que por isso usando 1 ou 2 vezes já nos é difícil voltar a repetir. Não estou a dizer que estas peças tendência não devam ser compradas, mas vou ser sincera, prefiro investir em bons básicos e imprimir seguidamente o meu estilo e só depois se gostar mesmo muito de uma ou outra peça comprar.

5. O último ponto não poderia deixar de ser comprar com moderação. Deixei de comprar só porque simplesmente achei a peça bonita, ou porque estava em saldos ou promoção e virou virou pechincha. Penso sempre se é um bom investimento, isto é, se a peça se adapta e combina com o meu armário cápsula, se gosto mesmo da peça e esta me cai bem, e, por fim, se a peça tem boa qualidade para aguentar, pelo menos os três meses da estação, já que irá ser usada e lavada vezes sem conta.

Agora que termino a quinta lição que aprendi com o armário cápsula continuava a indicar mais mas eu não quero de todo impingir-vos aceitarem o desafio, até porque não irei fazê-lo para a vida. Mas acreditem! Ter menos é mais, mais combinações possíveis, mais inspiração, mais tempo livre, mais paciência na hora de escolher o coordenado...

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